atentar à escala dos desenhos |
No filme Eu, Robot de Alex Proya, tem uma cena onde um robot pega numa caneta e
desenha numa folha portando-se como uma impressora. Na vida real, Juan Francisco Casas, artista
espanhol, com uma caneta porta-se como uma impressora, não no sentido linear de
um processo de impressão computarizada, mas no resultado fotográfico dos seus
desenhos, muito virtuosos, realistas e detalhados.
Com caneta BiC™ (ou esferográfica,
para os mais puristas), Juan
Francisco Canas emula uma maquina fotográfica registando momento em enormes
telas.
Até descobrir Juan Francisco Canas, o meu
artista favorito era o ultra-realista iraniano Iman
Maleki, entretanto porque a técnica daquele me parece mais acessível do que a deste, transferir a preferência foi bastante fácil.
Todas as imagens que se seguem foram
retiradas do site oficial do artista, onde há inúmeras outras.
Percebe-se como as texturas das desenhos são diferentes, os traços do "pincel" (permitam-me o termo), mais perceptível em alguns do que nos outros. Uma das maiores dificuldades deste processo, no meu entender, é atribuir as diferentes tonalidades ao desenho usando apenas um único material e de difícil controlo, como uma caneta.
Não sei as técnicas de representação, não sei se o autor conserva primeiro o momento numa fotografia para depois o reproduzir, ou se imagina os seus temas (o que não me parece verdade), mas a verdade é que o resultado final é para além do impressionante.
Juan Francisco Casas não ilustra apenas com a caneta, como também faz pinturas (também realista), que podem ser vistas no seu site, mas que eu não quero mostrar aqui, considerando que a sua técnica de caneta é que me fez olhar para ele.