Ao perguntares-me se és linda,
Logo respondo: «Mas que pergunta!»
Será que alguma vez terá finda
A beleza que a tua face unta?»
Uma questão igual à tua
Quando queria ver se brilhava
Fazia o luzente Sol à Lua,
Panca, que o seu fulgir admirava.
Não ’stás certa da tua lindeza
Ou queres a minha voz, princesa?
Se és bela?, perguntaste, Melaço;
Se tu não fores quem é então?
Tu és aquele excelso chavão
Onde a beleza copia o traço.
O teu sorriso, ó minha rica,
É a estrela que eu adoro ver,
Que tão maravilhoso te fica
Nessa linda face de prazer,
Que o meu olhar venturoso debica
Sempre esfaimado de te envolver.
Doce, nem sabes como é doce,
Embebedar-me na tua cara.
Apreciar-te é como se fosse
Beber a vida que nunca pára.
Mesmo a chorar, meu amor, és bela,
E rindo és a mais fulgente estrela;
Mesmo que o teu sorriso desabe
A tua face sempre linda é.
Que és linda crê que até sabe
O pobre cego que nada vê.
Logo respondo: «Mas que pergunta!»
Será que alguma vez terá finda
A beleza que a tua face unta?»
Uma questão igual à tua
Quando queria ver se brilhava
Fazia o luzente Sol à Lua,
Panca, que o seu fulgir admirava.
Não ’stás certa da tua lindeza
Ou queres a minha voz, princesa?
Se és bela?, perguntaste, Melaço;
Se tu não fores quem é então?
Tu és aquele excelso chavão
Onde a beleza copia o traço.
O teu sorriso, ó minha rica,
É a estrela que eu adoro ver,
Que tão maravilhoso te fica
Nessa linda face de prazer,
Que o meu olhar venturoso debica
Sempre esfaimado de te envolver.
Doce, nem sabes como é doce,
Embebedar-me na tua cara.
Apreciar-te é como se fosse
Beber a vida que nunca pára.
Mesmo a chorar, meu amor, és bela,
E rindo és a mais fulgente estrela;
Mesmo que o teu sorriso desabe
A tua face sempre linda é.
Que és linda crê que até sabe
O pobre cego que nada vê.