Sinceramente não me lembro da
última vez que me ri tanto com um filme como com este O Regresso de Johnny English. Não
sei se foi tudo mérito do filme ou se foi uma predisposição criada pela minha
companhia. No entanto, pela minha avaliação, a primeira hora do filme pode ser
dividida em um riso por cada cinco minutos e uma gargalhada por cada (mais ou
menos) oito, considerando que algumas piadas não são plásticas, mas rebuscadas.
Não haja dúvidas que Johnny
English se vale de Atkinson e do seu humor físico, e apesar da previsibilidade
do filme, não deixam de ser engraçadas as situações. No entanto a última parte
do filme foi bastante morna. E uma das coisas que saltam mais à vista aqui é
que Johnny está mais Johnny English e menos Mr. Bean. No entanto, ainda não se
distância tanto para evitar comparações com o Inspector Jacques Closeau, embora
já manifeste mais identidade.
Ri-me tanto que fiquei com dores
na barriga, e quando me falam de filmes de comédia é disso que quero saber. O
argumento não é complexo, é ultra-linear que nem chega a existir, pois pensaram
primeiro nas cenas cómicas e depois colaram-nas com pastilha elástica para
parecer concatenado, de tal maneira que ficou buracos e situações sem sentidos,
mas… eu quero lá saber disso, que importa aqui o argumento?, tudo o que quis
foi rir-me e ri-me.
trailer
O que destaco no filme é a
presença de Daniel Kaluya, que tenho visto em séries inglesas e aprecio o
trabalho e espero que tenha bastante mais sorte no grande ecrã, principalmente
porque se ele não se eclipsa nas cenas com Atkinson só quer dizer uma coisa: é mesmo
bom.
E também destaco uma das
perseguições de automóvel mais patética que já vi em cinema, ou devia dizer de
cadeira de rodas?
Johnny English é uma comédia e
pêras, podes ver sem pensar duas vezes e sem pensar enquanto vês.