4 de fevereiro de 2012

SILÊNCIO (soneto)

Imploro da minha alma do fundo
Sobre as tuas frases uma cortina,
Dói ’sta chama que o teu verbo destina
Pra apagar a alegria do meu mundo.

Cobre-me com a capa do moribundo
Este teu falar cruel que desafina
O mel da melodia bailarina,
E torna-me a bonança em vagabundo.

Imploro pra minha paz um calar,
Peço, para o meu coração, uma paz,
Depreco um silêncio prò coração.

Silêncio!... Não regue este teu falar,
Pois no fundo da alma só dores faz;
Se te errei, crê, já estou em contrição.
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