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| O Grito da Liberdade, de Ismael Hipólito Djata |
e devolve essa corda,
Não te enforques com ela,
só olha como está gorda,
Essa maldita cobra
Essa maldita cobra
que se alimenta da tua obra,
Ela parece banguela,
Ela parece banguela,
mas tem dentes até de sobra.
De ti ela se alimenta
De ti ela se alimenta
e os teu problemas aumenta,
E é por isso que ela zela
E é por isso que ela zela
e o balão de ar te arrebenta,
Tira agora essa venda
Tira agora essa venda
marca uma nova senda
Não caias na esparrela
Não caias na esparrela
de continuar na sua tenda.
É o teu sopor que te confina
É o teu sopor que te confina
a servir essa sovina
Para veres atrás do pano
Para veres atrás do pano
apenas abre a cortina:
Ela se impôs na tua vida,
Ela se impôs na tua vida,
abriu-te uma ferida
E então ano após ano
E então ano após ano
não deixa que fique guarecida.
África, abre os olhos
África, abre os olhos
e livra-te dos abrolhos,
Foram séculos de engano
Foram séculos de engano
que te meteram em escolhos,
Agora segue os teus sonhos,
Agora segue os teus sonhos,
sacode esses demonhos
faz o teu próprio plano
faz o teu próprio plano
para deixar os teus risonhos.
Parte da letra de DEUSdaRIMA - o rapper metido a poeta ou o poeta metido a rapper.
