11 de fevereiro de 2012

E QUIS SER MENINO (soneto)

Pregado na vida, chorando a prisão,
Largando a esperança do viver,
Co’a força da alma querendo morrer,
O homem causa a si mesmo admiração.

Da vida o folgo do seu coração
Apaga-se sem no entanto querer,
Na incerteza então busca se perder,
Querendo da graça a contemplação.

Enfastiado de viver cansado,
Afastando-se do existir mofino,
Quer a todo custo mudar o fado

Para escapar-se do cruel destino.
Coo alento do viver desmoronado,
De novo o homem quer ser menino.
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