Então Shawn disse: Não podia ter conseguido sem ti, Frank! Aquela palmadinha no rabo era o que precisava para descobrir isso.
Bom, desta foi a vez de Juliet (Maggie Lawson) ganhar destaque, e foi-nos contado mais um bocado da sua vida. Já sabíamos que ela é irmã de John Cena, e que este é militar (quando não está nos ringues, provavelmente), demonstrando que a sua família tem uma queda pela “Lei”. Mas agora conhecemos o seu pai, Frank (William Shatner), e passamos a saber que afinal a “Lei” não faz realmente parte da genética da família.
O caso deste episódio foi sobre um roubo, mas não acho que o caso realmente interesse, porque só serviu de desculpa para a história de Juliet e para a interacção entre os personagens, o que se percebe na maneira “fácil” como foi resolvido.
O episódio acabou e eu fiquei em dúvida, será que o pai da Juliet sabe que Shawn (James Roday) é um fraude? Porque, como se costuma dizer: um trapaceiro conhece outro, e embora Shawn pareça ter acertado em todas as suas previsões sobre este, no caso da viagem, o seu acertar não foi mais nada do que ler pistas aleatórias que tanto podiam ser verdadeiras como não.
Gus (Dulé Hill) parece estar perto de encontrar o amor da sua vida, parece que não querem fazer dele o tio solteiro e esquisito, porque têm-no mostrado a cair por qualquer cara bonita que lhe aparece à frente, e as suas escolhas não parecem de forma nenhuma saudável. Já se apaixonou por uma criminosa, depois por uma louca, agora falam do seu desespero em estar solteiro… acho que foi bem trabalhado essa faceta, porque se antes tinha o seu Shawn só para si, e não lhe parecia que precisava de um contraponto feminino, agora que anda sempre com o casal Juliet-Shawn, é natural que essa necessidade comece a aparecer ou a agravar.
Não tivemos muito de Lassiter (Timothy Omundson), só serviu para umas piadas, e Henry (Corbin Bernsen) conseguiu estar mais sumido ainda que Karen (Kirsten Nelson), pois embora tivesse tido mais tempo de antena, teve menos fala que esta. Aliás, deviam destacar os dois mais um bocado, principalmente Karen, e não fazê-la apenas aparecer para debitar umas duas frases e depois sumir, porque do jeito como as coisas estão para ela já nem parece que faz parte do elenco fixo.
Não é um grande episódio a “Psych”, em termo cómicos, é claro, mas por contar mais sobre a Juliet, acho que pode-se considerar um episódio perto do memorável. De qualquer maneira, percebemos por que razão Frank era um pai ausente, com tantas missões no Enterprise como Capitão Kirk, é claro que não teria tempo para visitar a filha… e Juliet tem uma família deveras interessante (tanto para os nerds como para os pouco-cérebros, leia-se consumidores da wrestling – provocativo, hein?).
Além de mais, vai mais um vislumbre sobre como Shawn precisa de Gus e que este não é apenas um elemento semi-inútil.
Shawn: Atrás de todo grande homem há uma grande mulher. E neste caso, aquela mulher é uma inteligente, sofisticada, e um cabeçudo garanhão chamado Burton, e ela é preta, e ela sabe dançar. Preciso de ti nisto, amigo, porque grandes mudanças são traiçoeiras para mim, e isto está a ficar sério [a sua relação com Juliet], vamulá… Foghorn precisa de Leghorn.
Gus: Eles são o mesmo galo, Shawn.
Shawn: Exactamente.
Gus: Fixe.