Iaí pípoles,
lembram-se daquela história de um grupo de putos encurralados numa escola e que têm de resistir a uma invasão de aliens… ou de zombies… ou de traficantes… ou de zombies… ou de vampiros… ou de zombies? Bem, este episódio é exactamente disso que trata. Não que eu seja contra clichés, principalmente quando são reinventados como as séries inglesas têm por uso, não, no entanto, apesar de divertido este episódio, foi bastante superficial, comparado ao episódio anterior.
lembram-se daquela história de um grupo de putos encurralados numa escola e que têm de resistir a uma invasão de aliens… ou de zombies… ou de traficantes… ou de zombies… ou de vampiros… ou de zombies? Bem, este episódio é exactamente disso que trata. Não que eu seja contra clichés, principalmente quando são reinventados como as séries inglesas têm por uso, não, no entanto, apesar de divertido este episódio, foi bastante superficial, comparado ao episódio anterior.
Não é fácil manter o ritmo de uma história, é claro que quanto mais se aproxima do fim, mais pontos se põem em descoberto e as coisas se explicam e parece, porque está-se a chegar ao amarrar das pontas, que a intensidade aumenta, mas aqui não tive essa sensação, principalmente porque não houve praticamente nada de novo que me mostraram e não acreditei por momento algum que Paul (Iain De Caestecker) corresse ou correria perigo em momento algum, principalmente depois de ter entrado no modo Super-Homem (não o de Nietzsche, mas o da DC Comics), o que leva à única solução possível para criar sensação de perigo: pôr Lois Lane em risco, quer dizer, pôr os seus entes queridos em risco.
O episódio foi bem ritmado e foi divertido, mas não arrebatador como o anterior e, como já dissera, tirando uma ou duas coisas, praticamente sem nada de novo. Vou apontar os pontos de maior relevância.
A revelação da Sarah (Natalie Dormer) ter bebido sangue para ganhar carne e voltar para Mark (Tom Ellis) se surpreendeu a alguém foi talvez a quem se limita apenas a ver o que é mostrado no ecrã e quando faz associações fá-lo sem conseguir projectar. Todavia, apesar de não ter sido nenhuma surpresa, o momento escolhido para essa revelação e a ternura da cena foi de bastante impacto para dar uma espécie de relevância à questão.
Neil (Johnny Harris - um dos melhores, senão o melhor desempenho da série) é um personagem que, por vezes, foge do meu entendimento. A atitude que mostrou antes incentivando a Sarah a comer, a ajudá-la, na cena da banheira, e a atitude que teve ao raptar Mac foi, não sei dizer se foram a expressão máxima do desespero ou mostras de loucura própria desses cruzados idiotas que não vêm mais nada do que a sua causa.
Paul fechou o ponto de ascensão ao reencarnar, ou seja os que ficaram mortos não têm mais nenhuma solução a não ser tornarem-se “fades” ou então ir para as amazonas. Belo trabalho fez ele, ou seja, em vez de ajudar os outros só conseguiu ajudar-se a si mesmo.
O sacrifício de Natalie (Jenn Murray) para salvar John, o FC (Joe Dempsie), surpreendeu-me… principalmente porque eu não esperava lealdade entre os mortos. Ok, eu sabia que que John já se tinha arriscado por Natalie, mas de qualquer forma, não estou habituado a ver zombies com sentimentos. O que nos leva ao ponto: por que não merecem eles viver, depois de tudo o que sofreram? Talvez porque matam os outros para sobreviver, o que não é muito ético, embora nós matemos também outros seres para sobrevivermos. Aliás, como disse John a Paul: “ Eu quando mato, as pessoas voltam à vida, mas quando tu matas, vão de vez”; quem então é o pior dos dois?
As investidas de Mac (Daniel Kaluuya) a Anna (Lily Loveless) ou a reacção desta ao descobrir que Jay (Sophie Wu) afinal tinha outros interesses mais calmos do que ser popular garantiram o momento de comédia e foram bons, e eu gostei muito, porque receava que depois do que os dois primeiros passaram para ajudar a trazer Paul à vida, ela perdesse magicamente o seu carácter de megera, mas ela não foi descaracterizada, ganhando assim, na minha classificação, o primeiro lugar da megera mais agradável do ano.
Uma coisa extremamente errada foi a velocidade com que os fades de John voltavam à “carne”, por exemplo o psiquiatra de Paul ou o namorado da Anna, este último que tinha sido morto no dia anterior, enquanto Sarah levou mais tempo a conseguir carne… será da especialidade ou da quantidade de sangue ou será da que John ganhou poder de fabricarfades com mordidas? Outra coisa que não entendo é John ficar sempre com a roupa imaculada, apesar de morder sempre e esguichar sangue por tudo o quanto é lado, e mesmo quando veste depois a indumentária da vítima.
Apesar da queda de intensidade em relação ao episódio passado, “The Fades” continua bem.