27 de agosto de 2011

POBRE TERRA, CRUÉIS HUMANOS

A pobre Terra está emprenhada
De cruéis humanos que não prestam,
Que apenas a põem estagnada
Em tramóia e males que a infestam.

A pobre Terra está padecendo
Cruelmente por nós destruída,
Pela guerra feroz que está vivendo
Na nossa vontade carcomida,
Que criando na vida planaltos,
Procura obrar nossos sonhos altos.

Da cruel guerra pelo sucesso,
Temos a guerra pelo descanso,
Uma guerra intensa no balanço
Duma vida compacta de excesso.

Temos guerra sem senso, nem nexo,
Que é a destruidora universal,
Feita com o consenso complexo
De todo o indivíduo racional,
E embora temamos seu amplexo
Damos-lhe o discurso principal.

A pobre Terra está derruindo
Empurrada plos que nela vivem,
Que ferozmente vão destruindo
Os dos melhores que nela existem:

Os patrimónios humanitários
Dos belos sonhos hereditários
De construir um novo p’raíso
Onde não haja mais sofrimentos,
Pra destruir o podre juízo
Que neste mundo cria tormentos.
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