Combate de Marte e Minerva por Jacques-Louis David |
Guerra, fera de manha
cruel,
Alimentando-se de balbúrdia
Vives contente num mar de fel,
Ofertando ao homem a discórdia.
Guerra, histeria secular,
Os sonhos humanos tu desfazes,
Cruel os apeias do seu lar,
Deixando-lhes assim incapazes
De parar a tua maldita onda
Que os seus idílios sem pena monda.
Guerra, ó trovador sepulcral,
Morrem inocentes escacadas
Pla raiva das balas alheadas,
Caindo para um fundo abismal.
Guerra, da vida o cruel contraste,
O mundo tu tens carbonizado,
Cravaste-nos na alma do ódio a haste
E o sonho deixas martirizado;
Té o belo amor tu envenenaste,
O viver deixando atemorizado.
Guerra, abominável canibal,
Que rega o chão com sangue e pavor,
Fazes o homem virar animal,
Negando assim as graças do amor.
Guerra, ó selvagem assassina,
Que com o dissídio nos domina,
Destróis sonhos feitos com calor,
Cada vez que a vida faz progresso,
Embebendo-a em lágrimas de dor,
Tu obriga-la a vir de regresso.
Alimentando-se de balbúrdia
Vives contente num mar de fel,
Ofertando ao homem a discórdia.
Guerra, histeria secular,
Os sonhos humanos tu desfazes,
Cruel os apeias do seu lar,
Deixando-lhes assim incapazes
De parar a tua maldita onda
Que os seus idílios sem pena monda.
Guerra, ó trovador sepulcral,
Morrem inocentes escacadas
Pla raiva das balas alheadas,
Caindo para um fundo abismal.
Guerra, da vida o cruel contraste,
O mundo tu tens carbonizado,
Cravaste-nos na alma do ódio a haste
E o sonho deixas martirizado;
Té o belo amor tu envenenaste,
O viver deixando atemorizado.
Guerra, abominável canibal,
Que rega o chão com sangue e pavor,
Fazes o homem virar animal,
Negando assim as graças do amor.
Guerra, ó selvagem assassina,
Que com o dissídio nos domina,
Destróis sonhos feitos com calor,
Cada vez que a vida faz progresso,
Embebendo-a em lágrimas de dor,
Tu obriga-la a vir de regresso.