CONTO DOS PRADOS
Era uma vez um lavrador obcecado com bolanhas, e que dizia que a felicidade da gente da sua casa dependia totalmente de ter bolanhas. Decidiu que devia transformar todos os prados em bolanhas; e, na falta de fundamentos para justificar o ponto de vista, apareceu com uma fundação para fundamentar no fundo a falta de profundidade da fundação infundada de mexer com os prados...
Peraí... em vez de conto, é melhor fazer disto algo parecido com um poema (bem... pelo menos vai ter rimas).
POEMA DOS PRADOS
Era uma vez lavrador que, com bolanhas obcecado,
queria lavrar os campados e os prados
e transformá-los em arrozais cultivados.
Dizia que o populacho ao seu cuidado
só precisa de arroz branco e de caju de mil francos
para viver sem trancos nem barrancos,
para se ver realizado, contente e agradado.
O lavrador queria lavrar os prados,
Mas como estava rodeado de um rancho de aloprados,
quis então contentá-los e ligou e disse: “alô, prados!,
quero aqui muitos prados para andarem nos meus prados,
não precisam de ser comprados, aceito-os mesmo ofertados.
Eu sei que quero lavrar os prados, mas as pessoas já têm arados”.
O lavrador consagrado como chefe do povoado,
no entanto, não ficava parado diante do seu brado,
pois acelerava de imediato e fugia no seu prado
e ia para a concessionária onde tinha mais prados
ou ligava ao marroquino e dizia: “alô, mais prados”.
O povoado, castrado, mas também chanfrado,
ficava em pranto a criticar os prados,
dizia, no entanto: ”O lavrador é sagrado e eu sou iletrado,
é necessário portanto termos prados nestes prados.”
Mas parte do povoado, que se dizia letrado e com o fado chateado,
tirava retratos dos prados ou fazia poema dos prados
e depois virava-se de lado e tudo ficava no mesmo estado.
Enquanto já não há gados nos nossos mirados prados,
Para o agrado do bando dos malandros todos recebem um prado.
Recusaram o prado alguns falsários… no entanto, não os salários.
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