E então Gus disse: Não quero ser apanhado num carro com um puto de 11 anos.
A principal diferença entre “Psych” e “The Mentalist”, não vamos falar do estilo, é o facto de Shawn (Shawn Spencer) fingir ser um psíquico, quando na verdade é um bom observador, e Patrick dizer-se um observador, mas com a precisão das suas observações deve ser na verdade um psíquico ou pelo menos os seus argumentistas são. Os métodos de Shawn, segundo ele próprio, umas temporadas atrás, tirando a boa observação, são bem trapalhões, e encontram a verdade por acaso depois de várias tentativas e erros, como Lassie (Timothy Omundson) lembrou repetiu neste episódio, ou seja depende muito da sorte, enquanto que Patrick já sabe quem é o assassino mal acaba de ser informado do crime e só anda a enrolar para chegar ao minuto 40. Mas basta, não quero fazer uma comparação entre as duas séries, mas apenas dar boas vindas a “Psych” e com isso dizer que gosto mais dele do que “The Mentalist”.
A temporada anterior fechou sobre muita tensão depois de Shawn e Gus (Dulé Hill) terem sido raptados por Yin, e Lassie descobriu que Juliet (Maggie Lawson) namorava Shawn e mostrou-se embaralhado. Acredito que passou bastante tempo entre aquela situação e o início do episódio, considerando que Shawn ficou mais gordo, ou seja, Lassiter deu tempo a Juliet para ela lhe contar sobre o seu relacionamento, o que não aconteceu. Então, armou-lhe uma peça para a interrogar no polígrafo, mas ela fugiu, depois quem acabou no polígrafo foi Shawn, e foi engraçado ver a reacção dos presentes a inclinarem-se para ver o gráfico quando ele falou que amava a Juliet, foi o momento mais romântico da série. Eu acredito que Shawn ame a Juliet, mas duvido da forma das suas declarações. Da primeira vez que ele se declarou, tinha microfone e falou com Gus, não acredito que ele não estava a mandar um recado sabendo que seria ouvido, desta vez, logo depois mentiu ao polígrafo, embora da primeira vez se tivesse mostrado mais intempestivo e procurasse levar a conversa para a sua área de segurança e da segunda, ao responder se era psíquico, tivesse feito um exercício “zen” antes.
O polígrafo foi uma peça de destaque neste episódio, pelo que achei que o título que lhe foi dado “Shawn Rescues Darth Vader” foi apenas um golpe de marketing sendo que foi apenas uma desculpa para o desenrolar do episódio. Para mim, menos interessante neste episódio foi mesmo a busca pelo assassino, alguma parte do processo foi muito engraçado, por exemplo Shawn a abusar da “imunidade diplomática” cometendo um grande crime: atirar lixo para o chão; ou usar o cartão de um restaurante (ou sei lá o quê) qualquer para requisitar um carro para usar numa perseguição. O resto, a confusão com o assassino, deter um inocente, etc., etc., é algo que já vimos vezes e vezes, tanto noutras séries como no próprio “Psych”, aliás, não fosse assim não era “Psych”. A interacção com o embaixador Fanshaw (Malcolm McDowell) foi também muito divertido (inclusive a cena pós-crédito).
Eu perco-me nas tantas referências de “Psych”, não consigo acompanhar todas a evocações que ele faz, as referências da cultura clássica ainda entendo, porque só mais recentemente tenho começado a desenvolver a minha cultura pop com a mesma atenção que a clássica, por isso fico à nora várias vezes.
Shawn (segurando no boneco de Darth Vader, lembrando o momento clássico em que este se revela a Luke): Não sou a tua mãe.
Gus: Ele não disse isso.
Não posso listar todos os momentos divertidos, por isso só vou dizer que “Psych” voltou em bom estilo, e talvez seja da nostalgia, talvez seja da qualidade da série, se não fosse o título enganador e os momentos clichés, eu dava a pontuação máxima ao episódio.