23 de setembro de 2011

AI, PORRA!, PRAXES DE NOVO!!!

Não sei de quem é a foto, foi a primeira que 
encontrei na busca, e como explica bem
 o "espírito universitário"...
Dizem que faz parte do espírito universitário… a sério? Bem, se o espírito é sair à noite e beber até cair, bem… pá, porra, nem nesse contexto faz sentido. 

Não estou a dizer que é isso as praxes, mas o uniforme que dá direito de ser praxista é o mesmo uniforme que vai às noitadas abusar do álcool em nome da abertura do ano lectivo universitário. Não vou falar dos acidentes de trânsito, nem vou falar das viol(ent)ações que por vezes acontecem e que são camufladas em nome do “espírito universitário”, só quero apontar a esse desejo sadomasoquista que norteia os praxados e os praxistas. 

Eu sempre julguei que a universidade é para formar o curriculum, mas, também o carácter, por isso associo o espírito universitário ao espírito investigativo e não ao da folia, mas quem sou eu? 

Eu não gosto de praxes, e acho ridículos os praxistas que andam por aí a berrar, numa péssima imitação do Sargento Hartman (Full Metal Jacket, alguém viu?), eu sei que a maioria aproveita porque ou sabe ou acha que em toda a sua vida só terá aqueles caloiros para gritar com e dar ordens, que nunca irá mandar em mais ninguém na sua vida, e a vontade de MANDAR, de se sentir superior leva-o a ser asno com os jumentos que se põem à sua mercê. É uma ordem quase militarista a exigir obediência cega às vozes de um qualquer a brincar a ditador.

É o espírito universitário, o tanas, espírito sadomasoquista, isso sim. Desculpem-me os sadomasoquistas porque não fingem que o espírito deles é outra coisa, por exemplo… natalício. Mas, fazer o quê?, enquanto houverem universidades haverá sempre asnos a jumentearem jericos. Porém, pela sua quantidade, de certeza que vão dizer que quem tem problemas sou eu, por não achar gozo na humilhação pública dos outros em nome de brincadeira. 

EU… ODEIO… AS… PRAXES!!! Ponto.

11 de setembro de 2011

VIDA IN(?)COMPLETA

Nasceu, sim, nasceu...
E também cresceu..
E reproduziu (?)...
Não sei, mas morreu.

Porém, existiu...
Muitas coisas viu...
E realizou (?)...
Não sei, mas sentiu.

Sentiu ou amou...
Cresceu e murchou...
E também viveu (?)...
Não sei, mas morreu

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10 de setembro de 2011

ADIVINHA ADIVINHÃO (soneto)

Tanto fala que o julgo papagaio,
Mas, não, não o é, é homem normal...
Perdão, é normal, mas é anormal,
Quer ter o mundo como seu lacaio;

Pretende que o povo seja seu aio,
Quer ter todos como seu animal.
Sempre mascarado qual Carnaval,
Tendo na face um riso de catraio.

Muito diz, mas só de nada é capaz,
Diz que não, mas faz de conta que finge,
Tem braços, como árvore, nada faz.

Corre muito, menos que um paralítico,
Das suas mil metas, nenhuma atinge.
Adivinha quem é?... É um político!!!

4 de setembro de 2011

BARREIRAS RACIAIS

O que ainda não entendo
É essa eterna divisão
Que, entre nós, por aqui existe;
Porque sempre fico vendo
A promoção da união
Que, enfraquecida, persiste

Em se fincar sobre um Deus
Que criou os homens iguais,
Que fez a vida na Terra,
Que fez o ignoto nos Céus,
Sem diferença raciais,
Bondoso Deus que nunca erra.

3 de setembro de 2011

DIZES A OUTRO O QUE ME DIZES? (soneto)

Tenho os meus olhos presos no vazio,
Mas vejo tantas coisas que não creio;
Vejo, olho, revejo, não sem receio,
Coisas que no meu peito inculcam frio.

Atravessa-me o pensamento um fio
De ideias sem princípio, fim, ou meio,
Que apenas dos ciúmes são recheio.
E que das lágrimas acorda-me o rio.

Velejo com o meu pensar no nada,
E nesta falsa estação, vejo tudo
Que me faz desquerer a minha amada.

Vejo mil promessas nessas imagens,
Também a outros dadas em veludo,
Mostrando-me o quanto eram miragens...