15 de maio de 2009

INTRODUÇÃO À PSEUDOFILOSOFIA DE PENSAMENTOS INEXACTOS


Li Erasmus tinha praí 16 ou 17 anos, impressionou-me sobremaneira, e posso até dizer que mudou a minha forma de ver as coisas. Nessa mesma época li Voltaire, começando por Cândido, e passando por inúmeros contos. 

Erasmus escreveu Elogio da Loucura, Voltaire, Elogio da Razão, eu pensava que os dois iam entrar em choque, e como Voltaire era muito por mim respeitado, gostava mesmo que me desse um outro ponto de vista, mas não é que um e outro, falando de coisas antagónicas, estavam em sintonia. É certo que Voltaire é posterior a Erasmus.

Ainda, nessa mesma época, continuando a minha busca por um ponto de vista antitético, e fascinado, confesso, por filósofos, filosofias e filosofices, fui parar ao Pensamentos de Pascal. Foi o cúmulo, tinham-me trabalhado bem a cabeça esses três, sem contar com outros que andava a ler nessa altura, e que depois vou identificar a medida que vou fazendo este blog.

O bulício mental que processava nos meus pobres miolos resolveu-se à caneta e papel, e vou aqui passar esses pensamentos. 

Quem já leu Erasmus vai perceber a sua influência na linha como apresentei estes pensamentos... também tenho Pitigrilli aos montes. E... mais, nessa altura, estava a ler um livro chamado Questão Coimbrã, pelo que em muitas partes senti muita vontade de escrever em rimas... e fi-lo, com bons e maus resultados.

O mais engraçado, para mim, pelo menos, é que descobri os textos que vou depois apresentar entre os meus montes de papéis, e ao relê-los, vi que apesar de serem ideias nascidas ou postas por autores diversos na mente de um puto, a minha forma de pensar não mudou assim muito, larguei umas certezas, aprendi outras, mas a maior diferença é: onde antes eu tinha ingenuidade hoje tenho... se calhar, cinismo.

Vou terminar aqui este post, começando por apresentar as reflexões do rapaz que eu era no próximo... só vos peço, não batam muito no ceguinho.
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