12 de janeiro de 2014

HUMANOS CRUÉIS (sextos)

A pobre Terra está impregnada
De cruéis humanos que não prestam,
Que no mal a deixam estagnada,
E urdem tramóias que a infestam.

A pobre Terra está padecendo
Cruelmente por nós destruída,
Pela guerra feroz que está vivendo
Na nossa vontade carcomida,
Que só cria na vida planaltos 
Pois q'remos todos voar nos altos.

Da cruel guerra pelo sucesso, 
Temos a guerra pelo descanso,
Uma guerra intensa no balanço
Duma vida compacta de excesso.

Guerra sem senso, guerra sem nexo,
Guerra interna, mas universal,
Feita com o consenso complexo
duma trama em linha racional,
De gente que lhe teme o amplexo
Mas lhe dá o discurso principal.

A pobre Terra está derruindo
Empurrada plos que nela vivem,
E que ferozes vão destruindo
Os dos melhores que nela existem:

Os patrimónios humanitários
Dos belos sonhos hereditários
De construir um novo p’raíso
Onde não haja mais sofrimentos,
Pra destruir o podre juízo
Que neste mundo cria tormentos.

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