A Autodesk costuma lançar o upgrade dos seus produtos a 25 de Março desde há alguns anos. Entretanto, este ano, não sei como, nem por quê, as versões de Autocad, Inventor e Autocad Architecture (um cruzamento de Autocad e Revit, sem a potência de nenhum dos dois) já andavam a circular por aí, inclusive ainda no dia 17 eu já andava a experimentar Autocad 2012, e não a versão Ironman.
A mudança do visual não se nota muito em relação ao 2011, a janela de abertura já sim. No meu computar o 2012 demora mais tempo a abrir porque o programa vem carregado de plugins e já não e preciso pescá-los por net fora (e nem sei que plugins são esses para dizer a verdade, pois costumo usar apenas dois), de qualquer forma quem se importa com o visual, desde que o programa seja leve e reduza o tempo de execução pode ser tão feio quanto Sketchup que será sempre usado.
Usei o programa em 2D e não notei muitas melhorias, porque o que eu faço nesse plano posso fazê-lo na versão 2000, com bastantes chatices, é claro. Entretanto, foi no 3D que senti a melhora.
Desde a versão 2009 que a Autodesk tem melhorado a forma de modelar no Autocad, aproximando-se cada vez mais da facilidade de Sketchup. Experimentei o 3D de autocad nesta versão de 2012, e, bem, só posso dizer: toma cuidado, Sketchup. E a melhoria toda deve-se, julgo eu, ao facto de Autocad integrar agora Inventor.
Por exemplo, antes para fazer um buraco numa parede, tinha que se usar o comando subtract, agora já não é preciso, o comando presspull que antes apenas fazia region e extrude, agora, faz as duas coisas e ainda faz o subtract, poupando grandemente o trabalho. Outra melhoria foi os planos UCS que se tornaram mais inteligentes, não precisando de a toda hora dirigi-lo conforme o desenho que se quer fazer. E, como os restantes programas que permitiam importar os modelos do warehouse do Sketchup, Autocad 2012 também facilita esse processo e ainda possui a sua própria warehouse (ou sei lá como vão chamar a sua versão).
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Viram como não sei muito sobre o programa?
O visual style do 2012 também aumentou o número de opções de visualização e, ainda não tirei a prova dos nove, mas parece que dá para importar estilos tal como no Sketchup. Enfim, tal como o título diz, Autocad 3D está a virar Sketchup, e considerando as ferramentas nurbs que possui, fico a perguntar-me se não será desta que largarei o Sketchup, pois já estava a transitar lentamente para o Revit...........!!!!! Bah! Ninguém me tira do Sketchup.
Entretanto o que continuo a lamentar é o Autocad em português, para quem comece a aprender e aprenda com o português a estratégia é muita boa, mas para quem está habituado ao produto em inglês, é mesmo lamentável, e considerando que os estudantes irão trabalhar para ateliers já antigos e que provavelmente vão ter o programa em inglês a coisa parece torta. Não que não goste do programa em português, gosto, até mostra que o Autocad só parece difícil por causa da língua, entrentanto o facto de os atalhos dos comandos se alteraram todos e não haver a possibilidade de editá-los a todos no .pgp, torna-o frustrante. Mas isso é um problema para mim porque tenho dificuldade em lidar com mudanças (obs.: não confundir com evolução).