Eu jurei que serias sempre tudo,
O meu tudo tu serias sempre;
E falei que iria dar-te o mundo,
O mundo que tenho dentro;
E sonhei vivermos sempre juntos,
Juntos para todo o sempre,
Mas acordei, e foi como um vulto,
Só que na alma te tenho no centro.
Vivi cego te amando,
Criando na mente sonhos belos,
Mas depois fui notando
Que com o real não tinham elos;
Tropeçando, mas avançando,
Continuei a criar no ar castelos,
E com alma fui lutando
Para erguidos lograr sustê-los.
O meu sonho caiu em terra,
Desfez-se em mil grãos de areia,
E da mágoa destempera
Tenho minha alma cheia.
A minha alma triste berra,
A realidade a torpedeia,
E nas mágoas se enterra,
Com dores a andar-me na veia.
Depois de tudo que eu falei,
Pelo céu e pelo mar até jurei,
Pode ser mesmo que exagerei,
Pois té os astros eu invoquei;
Depois de tudo o que prometi,
Partindo fizeste-me mentir,
Apesar do amor que estou a sentir
Vou-te tirar de onde te meti.
O meu tudo tu serias sempre;
E falei que iria dar-te o mundo,
O mundo que tenho dentro;
E sonhei vivermos sempre juntos,
Juntos para todo o sempre,
Mas acordei, e foi como um vulto,
Só que na alma te tenho no centro.
Vivi cego te amando,
Criando na mente sonhos belos,
Mas depois fui notando
Que com o real não tinham elos;
Tropeçando, mas avançando,
Continuei a criar no ar castelos,
E com alma fui lutando
Para erguidos lograr sustê-los.
O meu sonho caiu em terra,
Desfez-se em mil grãos de areia,
E da mágoa destempera
Tenho minha alma cheia.
A minha alma triste berra,
A realidade a torpedeia,
E nas mágoas se enterra,
Com dores a andar-me na veia.
Depois de tudo que eu falei,
Pelo céu e pelo mar até jurei,
Pode ser mesmo que exagerei,
Pois té os astros eu invoquei;
Depois de tudo o que prometi,
Partindo fizeste-me mentir,
Apesar do amor que estou a sentir
Vou-te tirar de onde te meti.