6 de maio de 2012

TRIPPING THE RIFT: THE MOVIE, 2009


Sempre que num título aparecer “The Movie”, não tenhas dúvida, ela é proveniente de alguma obra de um outro campo artístico, usualmente a nona arte ou a televisão, porque filmes baseados em livros (literatura, digamos assim) não trazem essa indicação.

Com isso quero dizer que Tripping… é uma série de televisão que, por acaso, nunca vi, mas pelo que vi no filme suponho ser ácido e satírico, um cruzamento bastardo de Futurama e South Park, mas que, no meu entender, só se limita a bulir com os famosos e não faz realmente uma crítica social, como o último, pelo menos no filme.

Tripping… não tem propriamente um argumento, é um conjunto de Sketches colados uns aos outros por uma desculpa cómica que pretende ser o argumento, que é a história do Arnie-1000, um palhaço robot que volta no tempo para matar Chode (o capitão da nave, que tem uma característica antagónica de todos os grandes capitães de ficção científica, por ser feio, porco e mau) com direito ao sotaque de Arnie e tudo, até algumas linhas como o famoso “I’ll be back!”. Pelo filme faz-se uma visita a Transilvânia, a terra do Conde Drácula, anda-se pelo Frankeinstein, pela Ilha de Tesouro, pela Donas de Casa Aborrecidas, quer dizer, Desesperadas, e provavelmente por algum outro filme ou série não alcançado pelos meus limites.

trailer

Tripping... leva-nos a viajar com estes personagens crus e egoístas, mas que prezam a amizade que sentem um pelo outro. As características físicas dos personagens reflectem o seu lado psicológico também, mas isso pouco importa. Da tripulação fazem parte, Chode, o capitão sacana; Gus, o robot gay; Whip, um camaleão preguiçoso; T'nuk Layor (royal kunt), uma minotaura invertida; Six, uma cyborg programada para sexo; e Bob, o computador que controla a nave e é agoráfobo. São estes que tripulam o Júpiter 42 e proporcionam-nos momentos de riso, principalmente pelo politicamente incorrecto.

O filme é bem cómico, não para ver com as crianças devido ao seu tema sem nenhum propósito moral e à sua linguagem e cariz sexual, mas acho que serve para passar uns bons minutos, mesmo que seja só para ouvir a imitação do sotaque do Arnie, pois não é nada de imperdível.
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