22 de fevereiro de 2011

CRADLE OF FILTH - barulho organizado :)

Em 2008, andava à procura de músicas instrumentais quando ouvi uma intitulada Castlevania, e era tido como feita por Cradle of Filth. Só mais tarde, muito mais tarde, este ano, descobri que Castlevania não era uma música de Cradle of Filth, e, aliás, nem era mesmo Castllevania, mas Bloody Tears, de Naoto Shibata (que, de certeza, vai ganhar aqui um post), e que faz parte do videojogo Castlevania. Entretanto, gostara muito de Castlevania, por isso fora à procura de álbuns de Cradle of Filth.

Não sou fã de metal, e nem sei lidar com as suas imensas variações: heavy, trash, extreme, gothic, etc. Na minha classificação entram todos no domínio rock, reino hard, filo metal, e não vão além. E metal não é a minha primeira escolha musical ainda hoje, mas aprendi com os Cradle of Filth a apreciar o metal, pelo menos aqueles e que a música não é deliberadamente dissonante, revelando tons na maior parte das vezes cacofónicos, apreciados apenas por fãs extremos.

bloody tears

Metal não é apenas barulho, como pensava antes, e limpando aquela voz rouca da música (que para nós, comuns mortais, mais habituados a músicas normalmente cantadas, não é nada mais que animalismo sem piada) e concentrando-se apenas na execução instrumental, metal é boa música, e muito mais cuidada de que muitas músicas que usualmente ouvimos que não passam da mesma coisa repetida 48 vezes com uma variação que se repete 24 (isto é o hip-hop, outras ainda conseguem ser mais mínimas). O uso da percussão é o que também torna metal metal (julgo eu), apanha-se Eric Clapton ou Carlos Santana e adiciona-se-lhe kicks e drums sem fôlego, e tem-se metal (ok, não se trata apenas disso, mas é uma tentativa).

rise of the pentagram (thornography)


Voltando ao tema, Cradle of Filth fez-me começar a apreciar o metal, mais com Thornography (2006); o primeiro álbum que ouvi deles foi The Principle of Evil Made Flesh (1994), muito enérgico e pouco friendly para um neófito, no entanto deu-me vontade de ouvir mais, e foi assim que ouvi cinco álbuns, sendo The Midian (2000) o mais desconcertante deles, muito bem executado, mas que eu preferia que eles se limitassem a tocar e não cantassem (enfim, como na praticamente maior parte das músicas deles).

amor e morte (the midian)

Na última semana descobri que Cradle of Filth lançara um novo álbum no ano passado, e fui então ouvir, e para me actualizar e escrever isto, escutei três álbuns deles: The Principle... (1994), The Midian... (2000) e Darkly Darkly Venus Aversa (2010), este último muito enérgico, cheio daquela espécie de pressa de que as músicas metal parecem impregnadas, mas com muito ritmo e melodia mais afinada, pelo menos em relação a The Midian, que ouvi antes dele.

forgive me father (darkly darkly venus aversa)


Acertando as contas, não sei entre Darkly... e Thornography  qual prefiro mais, embora prefira o "ar" mais gótico do primeiro.

Como já tinha feito notar, metal não é dos meus géneros, mas eu gosto bastante de Cradle of Filth, embora não saiba identificá-lo rítmica e musicalmente, ou seja, se me puserem a tocar uma música metal qualquer e me disserem que são eles, vou acreditar. Mas, isso não interessa, Cradle of Filth faz boa música, e vale a pena ser ouvida, entretanto, se não fores fã mesmo, não comeces por The Midian.

bónus
of mist and midnight skies (the principle of evil made flesh)

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