Já amor cantei, também a dor cantei,
Também a injustiça que o mundo pauta,
Já cantei com tambor, e já com flauta,
E já exéquias de sonhos que plantei.
Já cantei sucessos e palavras que faltei,
Já também a minha confiança incauta;
Já cantei da vida a beleza lauta
Tantas coisas, oh, tantas já cantei.
Tanto cantei que já não sei cantar,
De visão a minha alma ficou céptica
Já não tem tenção de o mundo poetar,
Pois cheia se sente de monotonia.
Espero não ter perdido a alma poética
Porque da poesia perdi a sintonia.
Também a injustiça que o mundo pauta,
Já cantei com tambor, e já com flauta,
E já exéquias de sonhos que plantei.
Já cantei sucessos e palavras que faltei,
Já também a minha confiança incauta;
Já cantei da vida a beleza lauta
Tantas coisas, oh, tantas já cantei.
Tanto cantei que já não sei cantar,
De visão a minha alma ficou céptica
Já não tem tenção de o mundo poetar,
Pois cheia se sente de monotonia.
Espero não ter perdido a alma poética
Porque da poesia perdi a sintonia.